quarta-feira, 13 de abril de 2016

[Opinião] "O Brasil vai ficar sem internet"? Calma lá. . .

Sobre a atual polêmica em relação aos planos com limites de franquia para internet banda larga no Brasil é preciso, antes de mais nada, esclarecer que é ilegal bloquear a navegação de consumidor sem que o mesmo esteja em débito com a operadora do seu serviço, ok?
 
Saiu uma matéria bastante esclarecedora no site da Zero Hora (Clique para ir para o site da Zero Hora) com perguntas e respostas diretas sobre o tema. Se você não tem certeza sobre o que afinal poderá acontecer e acha que "O Brasil vai ficar sem internet" de uma hora pra outra, por favor, leia esta matéria, ou busque orientação com especialistas em Direito do Consumidor para informar-se.
 
Este texto é apenas para deixar registrada mais uma opinião de contrariedade à esta ideia ridícula das operadoras de vender planos por franquias. Na prática isto é apenas um meio de conseguir cobrar mais caro do consumidor médio de internet, que utiliza, e muito, serviços de streaming como You Tube e Netflix (observa-se que é o mesmo tipo de consumidor que vem substituindo a televisão tradicional pelo entretenimento por nicho da rede) e de inviabilizar o consumo maior de dados por boa parcela da população. De certa forma isto é cercear a liberdade de acesso à informação que, semanticamente, se adquire ao contratar um serviço de internet banda larga.
 
Ok, como dito antes, na prática é crime cortar a internet do cliente, mas nem todos reclamam por seus direitos, ainda que sejam claros, não é verdade? É neste ponto que se criam as estratégias cretinas de ganhos de alguns empresários (vide os abusos contra empregados praticados em larga escala por corporações que sabem que apenas 10% destes irá protestar na justiça o que tem direito).
 
Toda a manifestação de contrariedade à simples possibilidade desse tipo de mudanças nos planos de banda larga é, mais do que correta, necessária de ser feita. Os empresários precisam ser cercados críticas ferrenhas para convencer-se de que esse tipo de política não vai ser aturada pelo consumidor brasileiro. Ainda que muito estardalhaço acabe ultrapassando os limites do bom senso também no tom da crítica, é ainda preferível que seja desta maneira do que passar a impressão de um consentimento emudecido de algo que, para dizer pouco, seria um revés tecnológico.
 
Sim, vamos nos manifestar contra isso, mas também vamos nos informar muito bem sobre o assunto, para caso essa galhofa em forma de proposta empresarial gananciosa siga em frente.
 
 

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