sábado, 16 de junho de 2012

[Conto] O Estranho Prólogo de Ricardo Slayer

O conto a seguir está intimamente relacionado a outro já postado aqui no blog, chamado As 2 mil vidas de Ricardo Slayer. Acabou criando contos sobre esse peculiar personagem quando deixo os pensamentos vagando.



O Estranho Prólogo de Ricardo Slayer

Ricardo Slayer sempre procurou ser um cara discreto. Tão discreto que sua mãe só percebeu sua existência quando o médico, com ar de assombro, disse-lhe que estava entrando em trabalho de parto.

“Mas eu não estou grávida!”

“Grávida ou não, senhora, seu filho está querendo vir ao mundo!”

Essa foi apenas a primeira estranheza da vida que tentava ser discreta de Ricardo Slayer.

Depois disso, quando ele tinha apenas seis meses de idade, seus pais se viram diante de uma situação que nunca tinham visto igual: seu pequeno filho parecia uma pessoa completamente diferente a cada dia. Na segunda amanhecia como um bebe chorão, na terça mal acordava para comer, na quarta era curioso e tentava salvar do berço a cada quinze minutos, na quinta era calmo e nos outros dias essa sequência se alternava de maneira aleatória.

Ricardo foi benzido por um ancião durante vinte dias, até que finalmente sua personalidade pareceu tornar-se única.

Depois de mais esse acontecimento estranho Ricardo não cresceu como um garoto problemático, como parentes maudosos sugeriram que aconteceria, mas pelo contrário: Ricardo demonstrava múltiplos talentos que iam desde a matemática até o esporte, passando pela música e pintura. Seus colegas de aula pediam ajuda antes da prova de física, química, história, filosofia e desenho técnico.

Graças ao seu envolvimento com projetos de pesquisa na área de engenharia ele acabou sendo conhecido em todo o meio acadêmico brasileiro pela alcunha de “garoto do futuro” ganhando diversos prêmios destinados a incentivas jovens talentos.

O único problema que Ricardo causou durante a juventude foi num dia de outono quando ele quase enviou um avião com passageiros na direção da sede do governo, tudo isso usando o computador da escola durante a aula de informática. O mais estranho deste episódio é que Ricardo não era capaz de recordar de nada que acontecera naquele dia e os psicólogos não conseguiram encontrar nada no rapaz que pudesse indicar que ele tivesse algum desequilíbrio ainda por ser revelado.

Quando o vestibular veio e Ricardo optou por continuar suas pesquisas a nível acadêmico superior músicos, atletas e até artistas que o conheciam ficaram desapontados por perder o talento extraordinário do rapaz para estas áreas. No primeiro ano de faculdade Ricardo ainda conseguiu manter suas atividades extras sem deixar cair seu rendimento, mas isso acabou não sendo mais possível depois.

Com apenas vinte anos e uma parede que não tinha mais espaço para tantos certificados de premiações a nível latino-americano na engenharia Ricardo percebeu que estava farto daquela vida onde não havia espaço na semana para praticar suas aulas de natação ou mandarim e decidiu-se: largou a faculdade e foi morar do outro lado do país, isso tudo com o dinheiro que economizara de todas a premiações que já havia ganho.

E assim Ricardo Slayer foi trabalhar como designer de uma editora de revistas quinzenais dos mais diversos ramos, em uma metrópole do outro lado do país. Ele conseguiu de volta sua vida discreta enquanto fazia a diagramação de revistas de fotografia ou moda. Ele tinha esperanças de com essa tranquilidade pudesse enfim encontrar uma namorada carinhosa que iria completar sua existência.

Só que ele não sabia é que sua maior estranheza e aventura só iria realmente começar numa tarde sábado, quando ele dormisse sobre a sombra de uma bela árvore no parque central da metrópole.

terça-feira, 6 de março de 2012

A saga de passar 3 meses sem internet

No final de 2011 tive que me mudar de casa aqui em Rio Grande-RS. Antes morava em uma república bem barulhenta e com detestáveis estudantes de fisioterapia e de repente. . .  tadam! Uma pequena e agradável peça só pra mim, com vizinhos educados e uma rua tranquila na medida do possível para uma cidade no séculos 21 (até com crianças brincando de bola todas as tardes!). Foi realmente um presente esta mudança, pois  ambiente de casa realmente era estressante, mas como nem tudo são flores, veio junto o desafio de passar 3 meses sem usar internet.

E não é que foi bom?

Claro, me virei checando emails no escritório quando o chefe saída e etc, mas esses 3 meses me possibilitaram tanto conhecer um vizinho, um senhor de idade, com quem formei uma amizade muito gratificante. Também pude mergulhar de cabeça também em todos os problemas, sofrimentos e pequenas conquistas da vida de escritora. Escrevi diversos contos, joguei muito material fora e até comecei finalmente a produzir tirinhas para a internet (um sonhos dos mais antigos, que alias foi um dos motivos iniciais de eu me envolver com a rede).

Foi bom. Eu acredito que a cada dia nos tornamos um pouquinho diferentes de antes, então nesses 3 meses eu devo ter mudado um bocadinho a mais. Minha auto-estima está melhor, minha visão realista sobre o QUANTO eu ainda preciso correr para me tornar uma escritora digna está mais clara, meus planos para o futuro são sólidos e até estou economizando dinheiro!

Só vamos ver se dessa vez eu consigo manter o costume de atualizar este blog, nem que seja com alguns pequenos contos que, se não fosse para compartilhar aqui, talvez ficasse jogados na gaveta por toda a vida.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Já faz um tempo, não?

Esse é o ruim de deixar o tempo passar demais. Agora estou trabalhando em tantos projetos que não falei por aqui que fica difícil trazer tudo de uma só vez.

Desde guerras internas com relação à blogagem, reboot, hiato, yonkomas, fanfictions, novels. . . Acho que vou trazer uma coisa de cada vez, de agora em diante, pra tentar colocar as coisas em dia.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

E as pequenas responsabilidades vão crescendo....

Oi pessoal! Nem vou comentar que estou bem sumida deste blog, porque isso seria a maior redundância do Universo, não é mesmo? Estou passando hoje só para deixar registrado um acontecimento pequeno e marcante para minha simplória vida.

Por coincidência hoje foi um dia em que recebi feedbacks de dois blogs nos quais escrevo - Mundo Mazaki e Kono-ai-Setsu. Bom, o fato notório foi que dentro de ambos os comentários havia a mesma mensagem, algo como: "Ei, escreva mais por aqui!"

Caramba, como fico envergonhada de não dar conta da minha rotina. Chego na faculdade dormindo e durmo quatro horas por noite, mas ainda assim não estou dando conta dos meus pequenos compromissos como "escritora da web". Isso sempre me incomodou, mas admito que teve um peso BEMMMM diferente, vindo de duas pessoas distintas em dois veículos de publicação distintos nos quais eu me expresso.

Enfim. Acho que desse pequeno acontecimento só posso tirar a lição de que preciso melhorar ainda muito a distribuição do meu tempo para que, quem sabe um dia (quem sabe em breve *esperança*) eu possa atender às minhas pequenas responsabilidades com mais cuidado, não é?

Bom, perdão o desabafo, mas todas as pessoas que leêm minhas palavras, quaisquer que sejam, são importantes pra mim =)

quinta-feira, 30 de junho de 2011

[Conto] As 2 mil vidas de Ricardo Slayer

Hoje, para tirar o blog do hiato, um pequeno texto maluco que escrevi a uns três meses atrás.



Ricardo Slayer estava, como todos os sábados, aproveitando uma hora livre sentado em um local afastado e tranquilo do grande parque que ficava a menos de um quilometro da sua casa. Porém aquela tarde não estava sendo nada comum, isso porque ele estava sendo abordado por um estranho e desengonçado rapaz vestido de missionario. Talvez fosse menos incomum se não fosse o fato do rapaz na verdade ser
ele próprio:
- A verdade é que cada sonho que se tem trata-se de uma vida paralela que está em andamento, e todos nós vivemos simultaneamente. - disse o jovem.
- Hm....
- Por exemplo, eu sou você em uma das suas outras vidas paralelas.
- Hm....
- No caso, Ricardo, você tem outras 1999 vidas paralelas, nessas subrealidades que na verdade dependem dessa sua vida “principal”.
- Hm....
- O grande problema é que por volta de 1950 dessas suas outras vidas acabaram percebendo que são subvidas suas e ficaram revoltados.
- Ah.....
- E agora eles decidiram que querem aniquilar você para que algum deles possa assumir o seu lugar.
- Hm...
- Você está me escutando, Ricardo?
- Isso daqui é um sonho, não é?
Os dois Ricardos se encararam em silêncio por alguns minutos, ambos totalmente incrédulos com as palavras do outro:
- Eu estava falando sério, Ricardo.
- Se aqui é um sonho, então eu não tenho com o que preocupar. - respondeu o Ricardo real, esticando as pernas sobre a grama que ainda parecia tão macia e verde quanto a cinco minutos atrás apesar de agora ele saber que aquilo não era real.
- Você não entendeu o problema. Eles se uniram e conseguiram agora um meio de você estar aqui. Isso é perigoso.
- Quer dizer que eles realmente podem me matar? - a falta de emoção ou relavância com a qual o Verdadeiro falava sobre a possibilidade real de perder sua vida num mundo imaginário estavam tirando a paciência do Frade.
- Sim.
- E então, lá na realidade eu vou aparecer morto?
- Não. Algum deles vai substituí-lo.
- Ah.... e ninguém vai notar se eu não for mais eu?
- Todos eles são você.
- Até você?
- Sim.
- Hm....
- …...
- Você é um dos que me odeia?
- Ainda não, mas talvez eu mude de idéia.
- Ah.... - refletiu o Verdadeiro Ricardo, coçando o queixo enquanto encarava um silêncioso e aparemente exasperado ‘eu’ travestido de religioso. 
- Hã... - tentou retomar a conversa de modo sério o outro Ricardo, mas foi em
vão.
- Eu já sonhei que fui um missionário?
- Você não se preocupa mesmo? - irritou-se o religioso.
- Sonhos não doem, então está tudo bem.
- Ah... então você acha isso...
- E não é verdade?
- Logo vai saber.
- Nossa, isso soou ameaçador....
- Até breve, Ricardo. - disse o Frade, desistindo de falar mais alguma coisa e
dando as costas ao outro, afastando-se sem muita pressa.
- Que maluquice... - comentou Ricardo para o vento agradável que soprava no seu rosto. - Até parece que eu-aí! - exclamou ele ao tentar apoiar a mãos e sem querer encostar em um pequeno ramo de espinhos que havia caído ao seu lado. - Espera...mas como....?
De repente o jovem percebeu longas sobras tomando conta da bela grama verde. Cada vez mais longas e mais escuras, rapidamente ele viu-se totalmente coberto por aquela escuridão causada por alguma coisa que devia ser fenomenalmente grande. Levantando-se ele olhou para a direção contrária, para ver de onde afinal vinha aquilo.
E Ricardo não se surpreendeu quando viu um conjunto de arranha-céus que quase chegavam às nuvens escuras que estavam ao alto. Ele se perguntou por um momento de onde teriam afinal vindo as nuvens, mas ignorou completamente o fato de também não saber de onde tinham vindo os prédios. Sem saber mais o que poderia fazer de bom naquele parque imaginário ele decidiu que era uma boa idéia conhecer aquelas construções mais de perto.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

[Ideia] - Novo plot de 04/04/2011

Sem entrar muito em detalhes de eu ter sonhado com um plot e estar tentando desenvolvê-lo, vou postar somente o "conceito-chave" que estou tentando impor a este conjunto de acontecimentos ficcionais embaralhados que eu ouso chamar de ideia:
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Existem diversos tipos de pessoas que tentam fazer o que chama de Justiça.

As que fazem porque são pagas para isso;

As que fazem porque querem se vingar da chamada Injustiça;

As que fazem porque gostam de sentir-se superiores;

As que fazem porque são simplesmente românticas e sonhadoras o bastante para isso;

E também existem outras...

...que o fazem somente para proteger o mundo delas próprias.


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O que será que vai sair dessa ideia confusa? Nem eu sei =)

quarta-feira, 6 de abril de 2011

[Poesia] De si

De si

Eu queria gritar pras pessoas a verdade
Eu queria mostrar para elas o mundo
Eu queria que elas tivessem a coragem
de sair do fundo
[de si]

Mas elas ainda estão escondidas
como se aqui fora tivesse inverno
Elas preferem ficar protegidas
no inferno
[de si]

Elas só pensam no que é certo
Elas não veêm que a vida é do incerto
Seus pensamentos são dispersos
Mesmo estando tudo tão perto
[de si]

Mas ainda serei uma voz muda
Meu grito será sufocado
A verdade desfila desnuda
no fim do ato
[de si]







Lilian K. Mazaki - 2006

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Contos e Novels - uma via rápida para dias rápidos?

Mais uma pequena postagem pessoal que entra um pouco no grupo de "meus relatos e experiências nesse mundo da literatura".

Acontece que, desde que as aulas na faculdade começaram, eu passei a ter cerca de 1 hora livre somente por dia e isso foi um grande baque para quem mal havia acabado de se acostumar a escrever tendo cerca de seis horas durante as noites para refletir, fazer mapas de idéias e anotações e então escrever. Porém não há o que ser feito quanto ao tempo, é irremediável, então comecei uma busca desesperada para encontrar um novo regime de trabalho para manter-me cumprindo o objetivo principal - ESCREVER TODOS OS DIAS.

Coisas vem, coisas vão, resumindo tudo acabei encontrando um novo foco, que na verdade é algo que eu já vinha vendo ser aconselhado a todos os escritores iniciantes (como eu) - escreva contos. Contos afinal são mais rápidos e fáceis de escrever do que um livro, por exemplo, e isso torna-os ideais para este momento mais corrido de rotina.

Além disso acabei encontrando concursos de antologias de contos que me interessam bastante, o que me incentivou ainda mais!

Fora isto, ao invés de focar em obras mais longas, a médio prazo estou querendo me focar em narrativas rápidas, ao estilo Light Novel, já que tenho diversos projetos mais simples que encaixam perfeitamente neste formato.

Bom, e o que se pode tirar de util da minha pequena rotina comum?

Procure sempre novos métodos, novos meios, novas formas, mas nunca deixe a escrita parar! É sério, eu não consigo me considerar assim tão genial ao ponto de não precisar de anos de esforço diário para conseguir escrever algo bom. Somente raros e geniais autores ao longo da História puderam se dar a esse luxo de "sentar um dia e começar uma obra prima" sem antes ter passado anos e anos lutando para aperfeiçoar sua própria técnica.

Sinceramente eu acredito que qualquer um que comece com este pensamento de que não precisa se esforçar todos os dias e pode simplesmente começar quando quiser pode se dar mal um bocado até chegar aonde deseja. Eu prefiro continuar aqui "me matando" para daqui a, quem sabe, algumas décadas ter um mínimo de orgulho de mim =)

terça-feira, 1 de março de 2011

Lidando com "idéias demais"

Hoje, como é de meu costume, estava no twitter "microblogando" sobre minhas pequenas experiências dentro do mundo da criação e escrita. Não que as minhas experiências sejam realmente tão importantes, mas é bem interessante poder dividir as pequenas conquistas e descobertas, pois sempre acabo encontrando pessoas que também tem experiências interessantes no assunto e trocamos muitas informações.

Fato é que hoje durante a tarde comentei brevemente sobre o fato de que "sem querer" criado um plot de romance suave durante meu passeio diário, no horário de almoço do emprego. Uma pequena idéia usando elementos que a muito tempo venho querendo usar em alguma história e que, neste arranjo, acabaram se tornando bem cativantes (todo autor acha sua obra a mais cativante do universo, não é mesmo?). Porém meu conhecido @Pablozilla acabou me alertando sobre algo interessante ao comentar o pequeno acontecimento.


 Pabl[r]o @
@ o maior problema de um escritor é pensar em plots demais. Tu tem milhares de idéias, mas tempo pra menos de meia duzia.


Refleti por um momento e achei esse comentário bem interessante. É a pura verdade. Autores normalmente tem toneladas de idéias em pouco tempo, mas somente uma pequena minoria dessas idéias acaba tendo espaço., ou tempo, ou oportunidade de se mostrar de alguma forma além de dos pensamentos sonhadores de seu autor.

E essa é uma questão que angustia várias pessoas que escrevem narrativa ou roteiro. Esse aparente "desperdício em massa" de tramas que poderiam ser de grande sucesso se chegassem aos olhos do público. Não é algo raro, é uma regra que todos tenham essa grande quantidade de plots e idéias "perdidas". Pessoalmente acho que tenho cinco vezes mais idéias "desperdiçadas" do que conteúdo para ser mostrado mesmo na web.

Agora a questão que sempre aparece é - o que fazer sobre isto? Como evitar este "derrame de obras de gigantesco sucesso pelo ralo"? E, sabe, depois de muito pensar sobre isto nos últimos anos da minha vida eu só tenho uma conclusão sobre isto.

Você não tem como evitar isto. Principalmente, você não vai querer realmente evitar isto.

Idéias soltas são fundamentais para qualquer autor. Mesmo que a grande maioria não se torne uma obra completa, são essas pequenas idéias que vão compor algo como uma "biblioteca pessoal de conteúdo e referência". Este na verdade é um poderoso instrumento para a criação depois de um tempo.

Por exemplo, se quando você era criança criou diversas histórias "sem pé nem cabeça", mas que amava criar por causa dos personagens e suas características, futuramente você pode acabar, na hora de, quem sabe, compor um protagonista, lembrando do carísma que adorava naquele personagem tão antigo de histórias infantis e então resgatando aquela idéia para inserir numa trama nova. Não seria nenhum desperdício aquela trama infatil se um protagonista fosse em parte inspirado em características que se criou naquela época.

Idéias boas vem a qualquer hora, em qualquer lugar, as vezes dentro de outra idéia nem tão boa assim. Ter guardado de modo seguro todas as idéias que possam ainda dar frutos diversificados no futuro é uma ferramenta extremamente útil a quem escreve.

Meu único conselho é guardar tudo isso ESCRITO em algum lugar, de preferência eletrônico e com backups de segurança atualizados. Idéias somente na cabeça mudam, se perdem, misturam e acabam por deixar seu brilho no passado. Ter transcrito qualquer pequena nuance pode se mostrar bem facilitador na hora de resgatar algo já esquecido.


Escrever, escrever, escrever! #gogowriter


segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Escritores Nada Anônimos

Nos últimos dias estive com diversas idéias em mente. Motivada por anúncios no mercado editorial especializado em quadrinhos, mais especificamente o mercado de mangás brasileiro, e também graças a conversas com outros escritores amadores como eu, acabei desenterrando idéias que já estão a alguns anos na minha mente. Algo como "antologia+escritores novos e sem espaço+internet+publicação online+editoração" = idéias bem malucas que estão me tirando o sono.

Confesso aqui que sou completamente fascinada por idéias de criação e inovação, porém, como sempre levei bastante a sério todas essas idéias malucas, já enfrentei muitas situações difíceis e decepção por não ver o mesmo tipo de motivação de outras pessoas que me ajudavam nos mais diversos projetos que já ficaram pelo caminho. Por tanto, é por isso que eu atualmente mudei minha visão do que uma boa idéia.

Pra mim, agora, uma boa idéia é uma boa idéia realizada.

Venho falar neste blog sobre essas reflexões e idéias por que, no fundo, não tenho como deixar de ser a mesma pessoa que precisa tentar construir essas pequenas e divertidas coisas inovadoras, afim de "conquistar o mundo". Além disso, como este é meu blog pessoal como autora, acho que é o único espaço viável para escrever algo assim.

Mas então, qual é o objetivo desta vez?

Unir o máximo de novos escritores ainda não publicados e, em dez meses, montar uma publicação online em forma de antologia com uma regularidade, talvez, mensal.

E deixo bem claro que isto é somente uma idéia minha, não é algum tipo de anúncio ou algo do tipo. Afinal, antes de mais anda, eu dependo de muitas pessoas além de mim para poder dar certezas de qualquer coisa. Isto tudo é somente algo que estou estudando e talvez pensando em implementar.

E o que o título "Escritores Nada Anônimos" tem haver com isto? O simples fato de que, ainda que não saia uma publicação, ao menos um site com uma pequena equipe eu pretendo reunir ;)